quarta-feira, 27 de junho de 2012

A Importância do VPM - Volume Plaquetário Médio

Alguns índices sempre presentes na rotina de hematologia, são muitas vezes deixados de lado ou até mesmo ignorados por muitos profissionais. Neste artigo vamos esclarecer definitivamente a aplicação deste índice.




A avaliação de tamanho e morfologia das plaquetas é de grande utilidade na diferenciação de patologias que as acometem, principalmente as trombocitopenias e trombocitoses também evidenciando outras que não demonstram alterações numéricas, mas somente, morfológicas.

Antigamente a avaliação das plaquetas era totalmente voltada a quantidade destas e somente algumas classificações acabavam "aparecendo" nos laudos como: plaquetas gigantes, satelitismo, e agregação plaquetária. Porém após a implantação dos contadores hematológicos (década de 80) vários índices foram adicionados, entre eles o VPM para o auxílio analítico do laboratorista e posteriormente do médico responsável pelo tratamento.

O índice

O Volume Plaquetário Médio é muito semelhante ao VCM (Volume Corpuscular Médio) porém, o VCM se refere a hemácias enquanto o VPM, plaquetas. Ambos são índices obtidos através de cálculos realizados eletronicamente.

Como o próprio nome sugere, é simplesmente a média do diâmetros das plaquetas mensurado pelo equipamento e expresso em fentolitros - fl. Os princípios utilizados pelos equipamentos para obter estes dados são a impedância e a densidade óptica, alguns equipamentos utilizam ambos, o que garante maior fidelidade.

Variações

Podemos correlacionar as variações deste índice a algumas patologias, ex:

VPM aumentado: doença mieloproliferativa, púrpura trombocitopênica idiopática, púrpura trombocitopênica trombótica, coagulação intravascular disseminada, síndromes mieloproliferativas, pós-esplenectomia, estados hipoesplênicos, diabetes melitus e doença vascular.

VPM diminuído: Síndrome de Wiskatt-Aldrich e anemia ferropriva.

Também encontramos este índice aumentado quando por algum motivo a medula é obrigada a produzir rapidamente um número maior de plaquetas. Por exemplo, em casos hemorrágicos onde a medula precisa repor as plaquetas circulantes e libera plaquetas um pouco mais jovens que as normais e portanto maiores.

Valores de Referência

Esse ítem é exatamente o que dificulta a utilização do VPM pelos laboratórios pois existem muitas controvérsias a respeito da estocagem, quantidade de anticoagulante, tempo entre a coleta e a realização do exame, temperatura corpórea do paciente no momento da coleta, tecnologia utilizada e tipo de população em estudo.

Por este motivo é indicado que cada laboratório estude a população que atende de modo a evidenciar as faixas de normalidade para este índice de acordo com o modelo de serviço e equipamentos utilizados.

Segundo o Laboratório de Apoio Alvaro, o intervalo de referência para o VPM é de 7,0 a 10,0 fl.


Fontes:
Laboratório Alvaro
Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial: Volume Plaquetário Médio e Doença Cardiovascular
Revista NewsLab: Plaquetogramas: Faixas Etárias e Sexos ed.106-2011






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